sábado, 27 de novembro de 2010

blogue 12

Percebo - dá para perceber - que há antecedentes, um histórico bloguista, por assim dizer, mas um histórico que deconheço o que acaba por se revelar uma mais valia, pois garante uma isenção completa no que se refere ao impacto que ler, post atrás de post, neste blogue, me provoca.
Há post's a que volto recorrentemente. Que marco como não lidos e volto a marcar como não lido uma e outra vez, como este:
"  Todos nós fomos a criança que caiu no mar sem saber nada  e que teve de aprender a boiar, a sobreviver,a nadar,  a viver. Não ficou mais forte, arranjou maneira de não voltar a sentir o mesmo desespero, só isso. Todos nós fomos o coração completamente quebrado, partido, violado e enganado que teve de aprender a medir, controlar, resguardar-se, proteger-se, não ficou mais forte, arranjou maneira de nunca mais chorar. Só isso.Existem dores que não servem para nada, a perda de uma mãe, de um filho, da inocência, da doçura ou mesmo da fé. Nada disso traz benefícios. Nada.Não entendo "o que não mata fortifica". Não fortifica, não faz crescer, felizes os que já nascem sabendo que terão de sobreviver, Felizes os que crescem tendo consciência de que pode não matar dói, dói muito, e proteger a doçura guardando-a sempre no bolso, numa mão fechada, essa sim, forte."
Porque eu também não acho que o que não nos mata torna-nos mais fortes, célebre expressão atribuida a Friedrich Nietzsche ( a frase preferida de quem já me disse muito e com a qual achava que me identificava, mas não, não me identifico e não, não nos torna mais fortes, só nos ensina a endurecer a capa, a resguardar o coração). Eu sou mais por aquela velha máxima de "não matam mas moiem".
Volto também, com frequência, a este. Não explico porquê, mas a verdade é que não falo, em determinadas ocasiões e situações, porque entendo que nem tudo o que temos para dizer aos outros realmente temos que o fazer. E se o fazemos, na maior parte das vezes, é por nós e pela necessidade de "fardo dividido" que acabamos por o fazer. E o meu fardo eu não divido. Ou pelo menos, tento sempre carregá-lo sozinha.
Gosto da educação irracional. Sigaaqueleblogue.

Sem comentários:

Enviar um comentário